A Viagem que é Migrar

Quando a gente decide se mudar de casa, estado ou país, muitas coisas passam na nossa cabeça. Mas quando falamos em mudar de país as coisas se tornam um pouco mais intensas.

A diferença da língua (quando há), a nova cultura, a forma como seremos recebidos, os amigos que faremos e aqueles que ficam.

Estas diferenças muitas vezes se tornam inseguranças, e em outras, nossas forças.

Planejamento e metas determinadas ajudam a sentir menos as mudanças ocorridas, mas psicologicamente só mesmo quando se vive é que se pode entender todas as sensações que ocorrem com a migração.

Desde que me mudei, e já contei aqui no Blog como foi, muita coisa em mim mudou, especialmente nas coisas práticas da vida, mas não apenas.

Mudou também a forma como eu vejo o outro e o cuidado que tenho para não ser preconceituosa. E isso só aconteceu por que passei a sentir o preconceito.

Me considerando privilegiada - em todos os sentidos - o preconceito sempre foi algo muito distante da minha vida. Empatia sempre senti, mas isso não era suficiente.

A migração me fez viver a maior viagem que foi me desconstruir. Mantive os meus pilares, mas remodelei muito de mim. A verdade é que "arrebentei a bolha" em que eu vivia.

Vivi boa parte da minha vida na cidade onde nasci. Conhecia muita gente. Tem aqueles que são da época do colégio, outros da faculdade, alguns que ficaram de um estágio, ou mesmo dos empregos pelos quais passamos.

Era uma sensação de conforto o tempo todo e em todo lugar.

Mas com a mudança de país, mesmo continuando a me sentir privilegiada, esta sensação de conforto passou a não mais existir.

E se ao mesmo tempo eu tinha a sensação de ter que provar quem eu sou, por outro lado, passei a querer saber mais dos outros, e não firmar perante terceiros o meu caráter.

Mudei o meu olhar.

E essa tem sido a minha maior viagem. Me adaptar, me entender, reconstruir, significar.

De tudo que vivemos levamos algo, e também deixamos algo. De todas as viagens levei souvenirs. Desta ficaram marcas mais profundas e únicas.

Foto por Carol Andrade @photoexperiencelisbon

Com este tema, que foi objeto de uma live com a Taísa Milene no instagram do Blog, começo uma nova série por aqui - A VIAGEM QUE É MIGRAR, com depoimentos e perspectivas de todos que quiserem compartilhar.

Se quiser participar, basta:

  • Escrever um texto com, pelo menos, 400 palavras contando um pouco sobre você e como foi/tem sido a sua viagem na migração.
  • Encaminhar o texto para o email: contato@umolharnovo.com
  • Mandar uma foto do local para o qual migrou.

Eu desejo que os textos inspirem outras pessoas <3

E que também, seja capaz de revelar a maior força de quem migra: o autoconhecimento, a viagem para si.

Conto com vocês!

Leia também:

A viagem que é migrar por Ana Paula Costa

A viagem que é migrar por Taisa Milene

A viagem que é migrar por Fernanda Campos

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