Deserto do Saara: por Cristine Silvestre

O Deserto do Saara é mesmo um sonho de viagem, e este é um daqueles posts queridos, pois escrito pela Cristine Silvestre, pessoa incrível que conheci em Portugal.

A Cris escreve abaixo a experiência de passar dois dias no deserto, com todos os detalhes, e nos faz ter vontade de ir também - embora eu confesse ter bastante medo.

Vamos saber mais sobre esta experiência?! :)

Deserto do Saara pelos olhos da Cris Silvestre:

A aventura começa em Marraquexe, na praça Jemaa el-Fna, as 8h00 da manhã, onde encontramos o nosso guia que nos levaria até o nosso destino, o Deserto de Zagora.

A viagem é longa, apesar de ser apenas 354 km, a estrada pela Cordilheira do Atlas não permite que o carro ultrapasse os 80km/h, que aliás tem uma vista incrível, mas confesso que senti um frio na barriga em cada curva, principalmente porque fui sentada na frente do carro.

Fizemos uma parada rápida em Télouet, capital histórica da tribo berbere dos glaoua.

Depois almoçamos na aldeia de Ait bem Haddou, cidade fortificada e patrimônio mundial da UNESCO, onde foram filmados O Gladiador, A Múmia, Alexandre e outros.

No início de setembro, as temperaturas no Marrocos já não estavam tão altas, mas mesmo assim andar o dia todo debaixo dos 35º graus não é fácil para uma branquela como eu. Garrafa de água na mão o tempo todo, muito protetor solar e disposição para as caminhadas, as subidas, e até pular pedras para atravessar riachos...

Quando entramos na região de Ouzazarte, em direção ao deserto, avistamos em meio as dunas, nosso próximo guia com os dromedários, sentadinhos nos esperando. Graças a Deus, o sol no fim da tarde já não estava tão forte.

Já estávamos sem conexão com internet e não há mais nada ao nosso redor,  perfeito para curtir o cenário. 

Montamos nos dromedários, que tem uma almofada para minimizar o desconforto (principalmente aos homens). É possível fazer um carinho sem medo nos dromedários, que são amigáveis. 

A Caminhada não chega a 1 hora, mas é suficiente para apreciar a paisagem impressionante do deserto do Saara, no maior clima nômade. 

A areia no fim de tarde tem reflexos alaranjados contrastando com o céu e seus tons de azul. É hora de fazer aquelas fotos lindas.

Chegamos ao acampamento, e um simpático e autêntico nômade berbere nos recepcionou. Falava em inglês, italiano, espanhol, árabe e berbere...tudo junto rs 

Agora é hora de um banho, pois o jantar logo será servido. 

Sim, há luz dentro das tendas e água na casa de banho compartilhada. Salão para as refeições. Há tendas individuais/casais ou grupos. E no centro os puffs, bancos e a fogueira. Tudo feito com muito carinho para nossa chegada. 

O jantar foi o típico tagine de carne de cordeiro. Eu que estava com medo da comida, me surpreendi. Estava ótima!

Depois do jantar, teve a fogueira com música. E eles tentaram nos ensinar a tocar os instrumentos típicos. Foi onde eu percebi o quão descoordenada eu sou.

Com os pés na areia, eles nos contaram lendas e a história dos nômades da região, além de tirarem milhares de dúvidas que temos. A cultura é muito diferente dos ocidentais e tudo é muito curioso para nós.

Tem um céu que é impossível descrever e claaaro, não sai na foto😔

Sensação de liberdade e de quão pequenos nós somos nessemundão.

É hora de dormir, e eu bem menina de prédio, perguntei sehaviam escorpiões, cobras ou bichos que pudessem aparecer por ali. O nômadesimpático me deu um sorriso dizendo que lá, naquele espaço, não. Para eu dormirtranquila. 

Obvio que as 4h da madrugada, eqto todos dormiam, acordeipara fazer xixi. Estava tudo escuro, que medo!

Quando saí da tenda, pude ver o céu mais lindo e iluminado por taaaaaantas estrelas, como jamais tinha visto na vida. Valeu a pena!

No dia seguinte eles nos acordaram as 6:30h para ver o sol nascer. Nesse momento as pessoas se sentam em direção ao sol, em silêncio para reverenciar o espetáculo. Um momento único e um sentimento de gratidão e paz.

O café da manhã já esta pronto. Eu amei tudo, desde o chá marroquino aos pães típicos... Pronto, os dromedários nos esperam e vamos seguir viagem até encontrar o motorista de volta. 

Na volta paramos em Ouzazarte, uma cidade que se desenvolveupara atender o fluxo cinematográfico que ali foi criado. Muitos filmes foramfeitos ali. Praticamente todos que se passaram no deserto, além dos filmesbíblicos. E muita gente visita a cidade pois há muitos museus e resorts com ostemas dos filmes.

Depois do almoço é hora de voltar a Marraquexe. Comprar tâmaras dos ambulantes na estrada. 

Foi uma viagem para marcar a vida.

Gostou de saber como foi dormir no Deserto do Saara?

Para saber mais:

A Cris Silvestre foi para o Deserto do Saara com a empresa Civitatis, e comprou o pacote de 2 dias e uma noite no acampamento - com jantar e café da manhã, por 85 € - com desconto por que a compra foi antecipada. A saída foi de Marraquexe.

Para ir ao Marrocos é possível viajar com a Air Maroc. Conto a minha experiência com um stopover pela Royal Air Maroc em Casablanca.

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